domingo, 4 de janeiro de 2009

Sem fome, sem sono, sem culpa, e sem dor.
Sem ciúmes, sem pressa, sem ódio, sem apego e sem pressões. Sem expectativas, sem promessas, sem cobranças, sem vergonha, e sensível. Sem medo. Sem controle. Sem juízo. Sentindo-me amado com delícia e liberdade, e amando com grandeza e ousadia. Sentindo-me íntimo da transitoriedade. Buscando o equilíbrio no instável, no insólito, no inesperado, no inexistente… Sentindo-me passageiro nesta viagem louca e sem destino. Percorrendo caminhos ainda não trilhados. Ficando cada vez mais e mais perplexo, fascinado e encantado com os novos horizontes. Amando as surpresas todas no momento mesmo em que acontecem.
Quebrando barreiras, de modo irreversível.
Ultrapassando limites.
Buscando (e encontrando!) a essência de cada coisa nela mesma. Compreendendo as razões também daqueles que não conseguem me compreender. Podendo até ser julgado por minhas atitudes desprendidas e por meu comportamento fora de padrão… Podendo (é claro) ser julgado, mas condenado, jamais!
Vivendo o mais profundo, o mais criativo, o mais sensual, o mais inocente e sagrado período da minha vida. Sugando a delícia doce das coisas livres. Vivendo as maiores e as mais altíssimas paixões da minha vida, e vibrando com tudo que me toca. Sentindo-me a cada momento como se Deus me estivesse cobrindo com as flores das flores das flores.
Inundado de carinho e gratidão.
Dançando nas minhas próprias e nas tuas emoções.
Com a cabeça nas nuvens, e o coração no infinito glorioso.

Texto Edson Marques